
Na Inglaterra, no final do Século XVIII, aconteceu a Primeira Revolução Industrial, quando se constatou a possibilidade de utilizar o vapor na indústria têxtil, nas máquinas, trem, navio e etc., ocorreu o que a história classificou como a Primeira Revolução Industrial. Aconteceu a substituição da força de trabalho animal e humana por máquinas. Uma máquina fazia o trabalho de vários homens. Com o aumento da produção o meio industrial necessitava, de cada vez mais, mão de obra. A indústria, nascente, absorveu muitos artesões e camponeses, ocorrendo um grande êxodo do campo para a cidade. Aumentando a população urbana e criando novos grupos sociais: o burguês e o proletário. As fábricas tinham como combustível a água e o carvão, para produzir o vapor, o ambiente de trabalho era bastante insalubre. Os operários trabalhavam mais de 12 horas, homens, mulheres e crianças, nas fábricas ou nas minas de carvão. Ocorriam muitos acidentes de trabalhado e a vida útil desses operários era curta. As cidades tiveram um crescente aumento da poluição.
Na segunda metade do Século XIX, com o desenvolvimento da energia elétrica tivemos a Segunda Revolução Industrial, onde Thomas Edison e seus inventos contribuíram e muito. A indústria: química, do petróleo e do aço, também, avançaram bastante nesse período. Esta fase vai até o final da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Nesse período a poluição do planeta aumentou de forma considerável e assustadora. Nesse período tivemos a produção de navios de aço movidos a vapor, o desenvolvimento do avião, a produção em massa de bens de consumo, o enlatamento de comidas, refrigeração mecânica a invenção do telefone sem fio. A produtividade aumenta graças as Teorias de Ford (linha de montagem) e de Taylor. Outras invenções deste tempo: Novas formas de manipular o aço para utilização na construção de edifícios, trilhos, ferramentas, pontes; telégrafo, toca disco, cinema, rádio, televisão e energia nuclear; surgiram vacinas e antibióticos, além de novas pesquisas sobre doenças e técnicas de cirurgia.
No século XX, aconteceu a Terceira Revolução Industrial, também chamada de Revolução Digital. O termo também se refere às mudanças radicais trazidas pela tecnologia digital de computação e comunicação. A Revolução Digital marcou o início da Era da Informação, a passagem da tecnologia analógica para a digital. A Era da Informática, Era do Conhecimento.
A expansão do uso de computadores, do telefone celular (IPhone), da internet, da robótica, da genética, da informática, das telecomunicações, da microeletrônica, entre outros. Os estudos desenvolvidos nessas áreas acabaram modificando todo o sistema produtivo, com a globalização o objetivo era produzir mais em menos tempo. Máquinas mais eficientes, instrumentos mais precisos e a introdução de robôs, possibilitaram o aumento da produção e dos lucros, diminuindo os gastos com mão de obra e do tempo para a fabricação do produto final. A poluição atingindo patamares inacreditáveis. No final do Século XX, e no raiar do Século XXI, desponta a Quarta Revolução Industrial, o fundador Presidente Executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, define e nos diz que:
"A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (anterior)".
"Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes".
“Estamos no auge de uma onda de descobertas ligadas à conectividade: robôs, drones, cidades inteligentes, inteligência artificial, impressora 3D, pesquisas sobre o cérebro, etc. Pouca gente está enxergando as implicações de longo prazo disso”.
A Quarta Revolução Industrial traz uma tendência à automatização total das fábricas, que acontece através de sistemas ciberfísicos, que foram possíveis graças à internet das coisas e à computação na nuvem. Os sistemas ciberfísicos, que combinam máquinas com processos digitais, são capazes de tomar decisões descentralizadas e de cooperar entre eles e com humanos - mediante a internet das coisas. A Revolução 4.0: nanotecnologias, neurotecnologias, robôs, inteligência artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento de energia, drones e impressoras 3D, computação quântica, irão aumentar a quantidade de dados circulantes, na rede de forma nunca vista.
Na Indústria 4.0, devido a IOT (Internet das Coisa), IA (Inteligência Artificial), a comunicação entre máquinas (Machine to Machine – M2M) e os robôs, as fábricas ficaram totalmente ou parcialmente automatizadas (Fábricas Inteligentes). As máquinas “inteligentes” e conectadas permitem a operação remota e assistida (automação / telemetria). Na China, já existe fábricas só com robôs operando, em operários. As quais não possuem iluminação, pois os robôs não necessitam de luz para trabalhar 24 horas.
A Primeira e a Segunda Revolução Industrial tiraram o trabalhador do campo e o levaram para a cidade, criando a classe burguesa e operária. A Terceira Revolução Industrial criou uma grande distância entre o trabalhador digital e o trabalhador analógico. Não são todos que veem o futuro com otimismo: as pesquisas refletem as preocupações de empresários com o "darwinismo tecnológico", onde aqueles que não se adaptarem não conseguirão sobreviver. A revolução afetará o mercado de trabalho, o futuro do trabalho e a desigualdade de renda. Suas consequências impactarão a segurança geopolítica e o que é considerado ético.
A Quarta Revolução Industrial, através da Indústria 4.0, está tirando o profissional das fábricas, dos escritórios e colocando-os na rua. Com poucas possibilidades de se recolocar em um mercado de trabalho cada vez mais automatizado/robotizado. Tudo em nome da maior produtividade, da meta, que deverá ser atingida e batida, ano após ano, possibilitando maior lucro para alegria dos acionistas.
Porém, quem irá comprar e ou consumir toda essa produção em massa. Os robôs? Mas, há luz no fim do túnel, muitas profissões, de um futuro próximo, ainda não existem. E o mundo empresarial desconhecem essas novas ocupações profissionais. Faz-se urgente e necessário a Revolução da Educação, em todas as áreas profissionais e em todos os níveis, maternal, fundamental, básico, técnico e universitário. O ensino, no Brasil, precisa ser repensado, repetindo, repensado, urgentemente. Por que? A Quinta Revolução, já está vindo. Rui Miranda Monteiro CREA-RJ: 51.059-D Fontes: https://www.bbc.com/portuguese/geral-37658309 https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial https://escolaeducacao.com.br/segunda-revolucao-industrial/ https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_digital A Internet das Coisa – Autor: Eduardo Magrani – FGV Editora A Vida Digital – Autor: Nicholas Negroponte – Companhia das Letras A Inteligência Artificial: Como os robôs estão mudando o mundo, a forma como amamos, nos comunicamos e vivemos – Kai-Fu Lee – Editora Globo S.A. A Quarta Revolução Industrial – Autor: Klaus Schwab - EDIPRO
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